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Passados 50 anos do golpe de 1964 e 30 do fim do regime militar no Brasil, ainda há muito que compreender sobre aqueles anos. Isso vale especialmente para a questÆo de como atuaram igrejas protestantes e institui‡äes cristÆs ditas "ecumênicas" em rela‡Æo à ditadura. Este livro busca mapear, analisar e discutir a‡äes empreendidas e discursos proferidos por indivíduos e organiza‡äes do "movimento ecumênico". Pretende ainda explicitar as formas pelas quais ele foi vigiado, investigado, perseguido, e, sobretudo, representado nos documentos de órgÆos de espionagem do Estado, entre 1964 e 1985. Porque muita tinta e muito papel foram gastos por agentes lotados nestes órgÆos com o propósito de compreender e manter sob vigilância aquele movimento social. Apresenta-se histórias de religiosos, pastores e leigos protestantes, bispos e intelectuais católicos, que nÆo se calaram e nÆo se acovardaram diante das arbitrariedades perpetradas pelo regime. As principais fontes mobilizadas para fundamentar esta investiga‡Æo constituem-se de documentos outrora confidenciais, sigilosos ou secretos, produzidos pelos servi‡os secretos da ditadura, notadamente o Servi‡o Nacional de Informa‡äes (SNI).

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