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O Homem, desde o momento em que dominou o espa‡o circundante, teve como uma de suas atividades a nomea‡Æo. A partir de entÆo, o ser humano passou a nomear tanto as pessoas, os objetos, quanto os lugares. O ato de nomear é, pois, arbitrário. Neste processo, o homem identifica semelhan‡as e diferen‡as com as quais estrutura o mundo que o cerca. Entretanto, esta apropria‡Æo do real através da nomea‡Æo ocorre a partir de circunstâncias históricas, variáveis culturais e anseios espirituais, sendo a primeira etapa para o conhecimento científico do mundo. A literatura possibilita a recria‡Æo da realidade. O escritor Jorge Amado, ao escrever o romance Terras do sem fim, no qual tematiza a conquista do espa‡o geográfico da regiÆo sul da Bahia, mostra como as cidades foram dominadas e nomeadas. A cria‡Æo das vilas e povoados foi marcada pela posse das terras que serviam para o cultivo do cacau e, deste modo, Jorge Amado une literatura e geografia para, entre outras coisas, apresentar ao leitor como os topônimos podem ser estudados em várias perspectivas.

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Graduada em Letras Vernáculas (1989) e mestre em Letras e Lingüística (1995) pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Doutora em Filologia e Língua Portuguesa (2002) pela Universidade de SÆo Paulo - USP. Professora Pleno da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS.

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