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A exclusÆo social decorrente da precariza‡Æo dos processos de trabalho e da redu‡Æo do Estado de Bem-estar Social acentuou-se, disseminando a pobreza e as desigualdades sociais, obrigando milhares de trabalhadores a assegurarem sua sobrevivência nas sobras descartáveis da sociedade capitalista: no lixo. Para fazer frente a isso emergem organiza‡äes populares - associativas - baseadas nos princípios da solidariedade e autogestÆo. Acompanhar o processo de organiza‡Æo de uma associa‡Æo de catadores de materiais recicláveis teve como intuito compreender como se moveriam neste novo espa‡o sujeitos marcados pela pobreza, em um processo contínuo de exclusÆo, considerados "indisciplinados", sem uma subjetividade afirmada; constituídos sob a tutela das políticas públicas e que a partir do ingresso em um empreendimento sÆo desafiados a assumirem responsabilidades e a decidirem sobre questäes que lhes colocaram em outro patamar: passarem de seres assujeitados, desestruturados psicológica e socialmente, a sujeitos políticos, atuantes na associa‡Æo, comprometidos com mudan‡as sociais, características que de um modo geral nÆo foram incorporadas por estes trabalhadores no decorrer de suas vidas.

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Socióloga (2004), Mestre em Educa‡Æo nas Ciências (2007), Doutoranda em Educa‡Æo nas Ciências - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÖ); Bolsista CAPES/FAPERGS. Participante do Grupo de Estudos de Educa‡Æo Popular, Movimentos e Organiza‡äes Sociais (GEEP).

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