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Em 2003 o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, tornou-se responsável pela organiza‡Æo e planejamento de seus assentamentos através da elabora‡Æo do Plano de Desenvolvimento do Assentamento, PDA. A partir desse momento surgiram questäes que vÆo muito além da execu‡Æo desta do planejamento: qual é o modelo de assentamento desejado pelas famílias e pelo MST? Como este deve ser construído? Numa dinâmica social em que o espa‡o é utilizado como um instrumento político, a realiza‡Æo do PDA pelo MST é mais que somente a execu‡Æo de uma tarefa que previamente fora exercida pelo Estado, uma vez que também envolve o conflito entre grupos diferentes e a disputa por distintas produ‡äes do espa‡o. A partir do estudo da questÆo agrária brasileira, este trabalho descreve e analisa o PDA executado pelo MST no assentamento Comunidade de Resistência Roseli Nunes, município de Pequi, em Minas Gerais, Brasil. Por meio desse estudo de caso, essa pesquisa expäe as contradi‡äes do planejamento dos assentamentos pelo MST em que as pessoas envolvidas nesse processo sÆo, simultaneamente, produtos e produtores do espa‡o agrário brasileiro.

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Roberta Vieira Raggi: Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade de SÆo Paulo - FAU-USP (2014). Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008) e bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelas Faculdades Metodistas Integradas Izabela Hendrix (2003).

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