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No Brasil, os cursos de Letras que oferecem forma‡Æo em língua francesa têm como referência maior a variante nacional da Fran‡a. Assim, quase todo o material didático para aprendizagem do idioma francês é produzido nesse país e é, portanto, marcado pela cultura que lhe é própria. Essa bibliografia veicula um vocabulário em uso na Fran‡a e raramente oferece uma perspectiva francófona, ou seja, nÆo prevê um estudo das variantes linguísticas nacionais (francês da Bélgica, do Canadá, da Suí‡a, e outras) na forma‡Æo do estudante brasileiro. O tradutor, frequentemente, recebe uma forma‡Æo que privilegia o francês da Fran‡a. É de conhecimento geral que, de um lado, há uma grande semelhan‡a entre o francês da Fran‡a e o de outros países francófonos que nÆo permitem considerá-los como idiomas distintos; por outro lado, existem diferen‡as marcantes relativas a alguns elementos linguísticos, sobretudo ao léxico e a seus usos. Esse aspecto ganha relevância ainda maior nos domínios técnicos e especializados, notadamente naqueles em que a organiza‡Æo político-social impäe particularismos em nível linguístico, o que suscitou uma reflexÆo sobre a no‡Æo de "equivalência funcional".

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Gradua‡Æo em Bacharelado Em Letras Com Habilita‡Æo Em Tradu‡Æo pela UNESP (1982), mestrado (2001)e doutorado (2004) em Letras pela UNESP. Professora de Língua francesa e pesquisadora nos seguintes temas: ética na tradu‡Æo, teoria da tradu‡Æo, tradu‡Æo juramentada, socioterminologia e lexicografia/lexicologia. Tradutora juramentada (JUCESP).

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