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Estudos recentes da clínica fonoaudiológica infantil têm apontado co-ocorrência sistemática de problemas de linguagem e de alimenta‡Æo, tratando as questäes fonoaudiológicas ligadas a zona oral sob o conceito de ´´oralidade´´. Supäe-se que a boca é território de alimenta‡Æo, linguagem e afetos. O dispositivo terapêutico proposto, a oficina de cozinha, mostra-se pertinente para crian‡as com problemas de linguagem, pois remonta cenas simbólicas e inaugurais importantes. O mesmo dispositivo terapêutico parece ser adequado também ao tratamento fonoaudiológico de crian‡as portadoras das síndromes de Prader-Willi ou Kabuki, por várias razäes, entre as quais se destaca a valoriza‡Æo da singularidade biopsíquica dos casos, por meio da implica‡Æo entre o falar e o comer, como vigas constitutivas do psiquismo.

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Nathalia Zambotti é fonoaudióloga e mestre em Fonoaudiologia pela PUC-SP. Atua na área de terapia de linguagem, avalia‡Æo e reabilita‡Æo auditiva. Luiz Augusto de Paula Souza é fonoaudiólogo, mestre em Distúrbios da Comunica‡Æo, doutor em Psicologia Clínica e professor titular da PUC-SP.

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