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Desenvolver a análise das atividades chamadas informais supondo que constituem um "setor econômico informal" é um caminho que nÆo contribui para a compreensÆo destas atividades, porque envereda a análise deste "setor" em uma sucessÆo de impasses e admite uma exterioridade, um alheamento deste "setor" em rela‡Æo à economia capitalista. Mesmo a premissa de que os chamados setores formal e informal mantêm "rela‡äes de complementaridade" entre si nÆo torna esta perspectiva analítica profícua, pois o suposto é ainda de uma rela‡Æo dualista. Assim concebidas, as formas de organiza‡Æo da produ‡Æo "tipicamente capitalistas" e as demais espécies de trabalho existentes sÆo como bolas de bilhar que, por serem impenetráveis, sÆo simplesmente convizinhas, mantêm apenas uma rela‡Æo de convivência, mas nÆo estabelecem rela‡äes internas. Cada forma de trabalho se torna o que é, isoladamente, se constitui independente de suas rela‡äes mútuas. Assim, esse estudo interessa àqueles que analisam a informalidade nÆo como um fenômeno que irá ser absorvido pelo crescimento econômico, nem como um caso de polícia, mas como um elemento constituinte desta economia excludente.

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Leslie Denise Beloque é economista, formada na Unicamp, professora da PUC-SP desde 1978 na área de Economia Política, Coordenadora do Curso de Economia e pesquisadora do mundo do trabalho. Assessorou por 10 anos cooperativas de trabalho. Dessa experiência e de sua pesquisa resultaram esta obra e outros 9 estudos sobre tipos de trabalho informal.

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