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O livro apresenta as diferen‡as entre a verdade dos fatos e a verdade que resta escrita nos autos do processo criminal após a persecu‡Æo penal, indicando que esta nÆo corresponde fielmente à dos fatos, sendo contaminada por interpreta‡äes de inúmeros atores, um discurso historiográfico reduzido que nega os discursos discrepantes e a complexidade do fato criminoso. Estuda a razÆo jurídica, lastreada na tópica-retórica e no juízo prudencial, demonstrando sua fragilidade, justificadora de inúmeros erros judiciários. Com foco disciplinar na Análise do Discurso, coteja conceitos e teorias da Historiografia, da Psicologia, da Linguística e da Publicidade para tratar, sob ângulo novo, tema já muito discutido do ponto de vista estritamente jurídico. Com esta óptica diversa, demonstra os incontáveis interferentes que atuam na forma‡Æo das versäes que vÆo registradas nos autos, destacando o quanto podem (os interferentes) afastá-los (os autos) da verdade real. Trata, essencialmente, da justi‡a obtida a partir da verdade que se consegue produzir no processo. Também é analisado o grau de aceita‡Æo deste modelo pelos jurisdicionados.

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Juliano Barreto Rodrigues é mestre em Direito, Rela‡äes Internacionais e Desenvolvimento (PUC-GO), especialista em Direito Penal (UFG), em Direito Processual (FESURV), em Direito Privado (FESURV) e em Análise Criminal (FASEM). Formado em Direito,é servidor público e escritor.

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