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O conceito de grupalidade foi um operador que permitiu fazer uma análise transversal em dois domínios clínicos por onde se transita cotidianamente, a prática psiquiátrica e a clínica grupal, principalmente de orienta‡Æo psicodramática. Como os enunciados psiquiátricos adentram e extrapolam o corpo grupal, esta pesquisa nÆo se restringe tÆo somente aos problemas de uma institui‡Æo grupal, mas se estende para além dela, alcan‡ando a própria clínica enquanto proposta transdisciplinar. Assim, concebe-se uma grupalidade enquanto um corpo clínico comum que se situa em meio a tais saberes/poderes e se constitui na contramÆo de modelos perceptivos já dados, nos desvios de métodos herdados, nos encontros com outras áreas de conhecimento, notadamente artes e filosofias. Grupalidade que opera por subtra‡Æo do grupo e das categorias dadas de (re)conhecimento, que possibilita uma análise dos investimentos do desejo nas a‡äes clínicas que se realiza, suas dire‡äes e efetua‡äes. Corpo-grupalidade que se constrói na tensÆo entre o que se vê, se diz e se faz nos/dos encontros. Composi‡Æo que vaza por entre frestas e fissuras institucionais.

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Médico psiquiatra pela Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp). Psicodramatista pelo Instituto Sedes Sapientiae (DPSedes). Mestre em Psicologia Clínica - núcleo de estudos em Subjetividade - pela Pontifícia Universidade Católica de SÆo Paulo (PUC-SP). Integrante da equipe de coordena‡Æo dos psicodramas públicos do Centro Cultural SÆo Paulo.

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