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Ao início do século XXI, as correntes e os partidos que polarizaram a discussÆo acerca da política nacional venderam as ideias de que o Brasil se transformara em um país de classe média e que sua canônica pirâmide social havia se metamorfoseado em um losango - milhäes de pessoas teriam deixado as "classes D e E" para ingressarem na "nova classe média brasileira". Teria sido quando, no país, a "classe C", um contingente populacional que seria o maior do país, com mais de 100 milhäes de brasileiros, come‡ara a protagonizar o noticiário, os debates acadêmicos e políticos, as a‡äes dos institutos de pesquisa e, ainda, as novelas televisivas e os artigos da indústria publicitária. O presente livro questiona e problematiza, a partir do arcabou‡o da Teoria Crítica, a perspectiva de que o Brasil teria alcan‡ado o patamar de um país de classe média. A "classe C" seria, de fato, uma classe média com grande potencial de consumo, mediante seus salários direto e indireto, tal como ocorre nos países centrais do capitalismo, ou a expressÆo, que equaliza "classe C" e "classe média", seria um artefato ideológico que encobriria a real situa‡Æo dos trabalhadores brasileiros?

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Anderson Alves Esteves é doutorando e mestre em Filosofia [PUC/SP], especialista em Sociologia [FESPSP], bacharel e licenciado em Filosofia [USP] e em Ciências Sociais [CUFSA], leciona Filosofia e Sociologia na educa‡Æo básica e superior, em redes públicas e privadas, e é autor de artigos científicos nas áreas supracitadas.

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