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Podemos dizer o que um objeto realmente é? Podemos saber acerca da coisa-em-si? Há uma linguagem pura e referencial que nos possibilite à exatidÆo do mundo e consequentemente possa chancelar um discurso verdadeiro? Cremos que a autoriza‡Æo para dizer o mundo em sua complexidade e contingencialidade seja possível apenas em coautoria - visto que, de um ponto de vista ontológica, o autor inexiste; este é o problema central do dizer. Se concordarmos que o sujeito é, em sua natureza, um "animal político", entÆo, o primado deste "animal capacitado de palavra" se realiza apenas na coautoria de significados e na práxis intersubjetiva da linguagem como possibilidade discursiva. Diante do lógos, em sua essência dialógica, a autoria é uma contradi‡Æo. Em vista disso, o objetivo desse trabalho é discutir as possibilidades da linguagem por meio de uma abordagem fenomenológica, de perspectiva existencial situada, determinante à presen‡a/sentido do mundo, entre os sujeitos.

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O autor está vinculado ao Grupo de Pesquisa Ecologia Humana -CNPq/UNEB e ao Núcleo de Estudos em Comunidades e Povos Tradicionais e A‡äes Socioambientais - CNPq/UNEB. Dirige o Grupo de Pesquisa Friedrich Nietzsche e Indigência. É diretor do IPF-SAL - Instituto de Pesquisa em Filosofia no SertÆo de Alagoas.

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