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A influência da política dos Estados Unidos sobre a decisÆo do Governo brasileiro em aderir ao Tratado de NÆo-Prolifera‡Æo de Armas Nucleares (TNP) envolveu esfor‡os dentro e fora desse regime, por vias oficiais e nÆo-oficiais, nos campos da política e da economia, além da seguran‡a, como parte de um jogo diplomático praticado tradicionalmente em sua agenda complexa. Para o Brasil, a rejei‡Æo do TNP, durante quase trinta anos, era parte de um argumento político que entendia que sua declarada voca‡Æo pacífica era suficiente para legitimar a sua nÆo-inclusÆo em um regime internacional promovido pelas grandes potências, em especial pelos Estados Unidos. Na década de 1990, a decisÆo brasileira de aderir ao TNP nÆo pode ser atribuída ao sucesso da pressÆo americana, mas a uma série de mudan‡as no âmbito global, regional e doméstico que, de forma composta, resultaram num ambiente em que a rejei‡Æo ao TNP perdia completamente sentido. NÆo obstante sustentáveis, os custos políticos foram considerados desnecessários ao País que buscava construir uma nova imagem para si e um novo quadro de referenciais para sua inser‡Æo internacional.

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Démia Baracho Teixeira é advogada pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR), economista e Especialista em Mercado Financeiro e Investimentos pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Mestre em Rela‡äes Internacionais pela Universidade de Brasília (Unb). Atualmente presta consultoria no Instituto de Pesquisas e Projetos Econômicos e Sociais (IPPES).

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