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O presente texto apresenta e analisa determinadas práticas culturais e educativas construídas com o movimento das gangues de pichadores na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, Brasil, nas décadas de 1980 e 1990. Esses sujeitos sociais ousados e transgressores se fazem presentes numa escrita com spray e sangue, carregada de vivacidade e aprendizados na cidade. A pesquisa infectada de parcialidade e paixÆo está na contramÆo das visäes preconceituosas e moralistas que tratam esses sujeitos como vândalos, marginais e criminosos odiados que merecem a expurga‡Æo. Quem sÆo esses pichadores? Como agem? Como sÆo estabelecidas suas práticas culturais e educativas? Quais os conflitos existentes? Quais as motiva‡äes, inclusive, em riscos de vida, que levam os pichadores a marcar seus tra‡os nos vitrais da cidade? SÆo muitas as perguntas inquietantes sobre esse grupo social que sÆo respondidas nesta publica‡Æo intensa de vivências e experiências, percebidas em muitas entrevistas e conversas com esses sujeitos que escrevem à fina for‡a nos muros, viadutos, marquises, placas e prédios, entendendo a própria cidade como um texto, documento vivo e latente de apropria‡Æo e pertencimento.

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Naigleison Ferreira Santiago: Licenciado em História pela Universidade Federal do Ceará/UFC;Mestre em Educa‡Æo Brasileira pela faculdade de Educa‡Æo/UFC. Artista Plástico, professor de História e Arte Educa‡Æo com vasta experiência em escolas do Ceará.

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