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O presente livro pretende apresentar a passagem de uma compreensÆo categorial a uma compreensÆo existencial do conceito de kairós, operada por Martin Heidegger a partir de suas interpreta‡äes de Aristóteles no contexto do projeto de sua analítica existencial. Para tanto, toma como ponto de partida a compreensÆo aristotélica segundo a qual o kairós é o bem dito segundo o quando como figura da predica‡Æo, ou seja, o tempo em sentido categorial. Levando em conta as interpreta‡äes heideggerianas de Aristóteles, procura-se, entÆo, apresentar como o kairós foi interpretado por Heidegger primeiramente no contexto da filosofia aristotélica, para depois ser integrado como um fenômeno existencial fundamental do ser-aí. Evidencia-se com isso que, enquanto a compreensÆo aristotélica do conceito de tempo como kairós se constitui no plano da Ética, ao compreender o fenômeno nÆo em termos categoriais, como o faz Aristóteles, mas em termos existenciais, Heidegger o coloca na perspectiva da história, e fornece o fundamento para o que poderia ser nomeada uma Ética da Liberdade Histórica.

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Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), leciona nos Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Filosofia. Possui gradua‡Æo e mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (2002/2004) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba (2011). É autor do livro Tempo e História na Hermenêutica Bíblica.

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