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Nas escolas diferenciadas dos índios Tapeba (CE) algumas práticas pedagógicas funcionam como rituais de resistência étnico-cultural a ressemantizar estigmas e preconceitos a eles associados. Partindo de uma abordagem crítica da escola, que a concebe enquanto tempo-espa‡o privilegiado de possibilidades de mudan‡a sócio-política, associada à perspectiva da dramaturgia social e da antropologia da performance e da experiência, sÆo apresentados os tempos e espa‡os em que os Tapeba constroem e expressam, por meio de suas a‡äes educativas, as experiências de etnicidade do grupo. Assim, a Feira Cultural, os Jogos Indígenas Tapeba, a Caminhada do Dia do Öndio Tapeba e a Festa da Carnaúba, por um lado, e as Aulas Culturais, por outro, evidenciam processos de afirma‡Æo identitária que, partindo do educativo, estendem-se a outros aspectos de suas vivências comunitárias.

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Doutora em Educa‡Æo com pesquisas em educa‡Æo escolar indígena, forma‡Æo docente, práticas pedagógicas, didática, avalia‡Æo e currículo. Foi Conselheira do Conselho Nacional de Educa‡Æo. É membro do Colegiado Setorial de Culturas Indígenas e Diretora das políticas de educa‡Æo do campo, indígena e para as rela‡äes étnico-raciais do MEC.

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