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A partir de trabalho de campo no Centro de Aten‡Æo Psicossocial (CAPS) Esperan‡a, na regiÆo leste de Campinas, a autora descreve a forma de organiza‡Æo das práticas terapêuticas. Em especial, analisa as reflexäes dos profissionais acerca de suas práticas de cuidado. Em um contexto de transforma‡äes da assistência psiquiátrica, mais intenso na década de 90, sÆo mencionados alguns acontecimentos que possibilitaram a cria‡Æo do CAPS Esperan‡a. Foram igualmente analisadas a dinâmica de funcionamento da equipe técnica e o modo de organiza‡Æo do trabalho coletivo em fun‡Æo das práticas realizadas. A autora mostra como uma nova tecnologia de cuidado é operacionalizada por meio da prática da escuta terapêutica e do ajuste da medica‡Æo. Seu objetivo principal foi analisar como os profissionais conceitualizam suas experiências cotidianas, além do modo como sÆo examinados e manejados os usuários por meio de interven‡äes de cuidado, que em seus efeitos produz sujeitos cidadÆos constituídos por seus sintomas e sofrimentos.

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Lecy Sartori é doutora em Antropologia (UFSCar) e pós-doutoranda (UNIFESP). É pesquisadora do Laboratório Interdisciplinar em Ciências Humanas, Sociais e Saúde (LICHSS). Suas pesquisas articulam temas como: política de financiamento em saúde mental, micropolítica, reforma psiquiátrica e gestÆo estatal.

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