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A Mata Atlântica nordestina é o lar de diversas espécies raras, amea‡adas e endêmicas da fauna e da flora brasileira. Ainda assim, esse ecossistema sofre com uma intensa devasta‡Æo das suas florestas. Suas características ecológicas a tornam a mais amea‡ada e desmatada das ecorregiäes do bioma Mata Atlântica. A análise histórica da forma‡Æo territorial dessa ecorregiÆo demonstra a evolu‡Æo da paisagem natural desde o período pré-cabralino até o século XXI. Esta pesquisa contribui para corroborar que a devasta‡Æo da Mata Atlântica nÆo é uma heran‡a colonial ou do Império, mas resulta de eventos modernos, ligados à industrializa‡Æo agrícola do século XX. Com isso, a Mata Atlântica nordestina se compäe atualmente por florestas regeneradas e outros pequenos remanescentes florestais protegidos, na maior parte, por proprietários particulares. A disposi‡Æo e a prote‡Æo dos remanescentes florestais da Mata Atlântica nordestina nÆo é fruto exclusivo de fatores geográficos nem de políticas públicas, mas de iniciativas particulares, por motivos idiossincráticos fundamentados em variadas alega‡äes da ética ambiental.

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Cristiane Barreto é bióloga, especialista em planejamento e gestÆo estratégica, pesquisadora e doutora em Política e GestÆo Ambiental pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília. Atua nas áreas de História Ambiental, µreas Protegidas, Meio Ambiente e Sociedade.

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