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Desde o inicio da psicanálise a fobia se apresenta como questÆo a impulsionar elabora‡äes teóricas. A partir de um caso clínico emerge a seguinte questÆo: a fobia pode ser considerada uma entidade clínica ou é antes uma figura clínica a se presentificar em contextos diversos? É esta questÆo que nos leva a mergulhar nas elabora‡äes de Freud, Lacan e quatro autores contemporâneos que reacendem o debate em torno da fobia. Assumir a psicanálise como uma práxis implica buscar elementos que nos possibilitem tratar o real da clínica pelo simbólico. A pesquisa em psicanálise parte da experiência clínica e a ela retorna perpassada pelos conceitos que nos guiam. Este movimento contínuo de ida e volta provoca mudan‡as tanto na teoria, quanto na clínica. A escuta questiona a teoria e a teoriza‡Æo modifica a escuta clínica provocando efeitos na condu‡Æo do tratamento. É precisamente este o movimento empreendido: partimos de um caso clínico para, ao final, retornarmos a ele. É a psicanálise tomada como corpo teórico vivo, renovada a cada vez que um analista busca formalizar o percurso de uma análise.

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André Ehrlich, psicanalista, é graduado psicólogo pela Universidade Federal do Paraná e bacharel em física pela Universidade de SÆo Paulo. Desde 2004 é membro da Biblioteca Freudiana de Curitiba e atualmente presidente desta institui‡Æo. Paralelamente ao exercício da clínica é primeiro clarinetista da Orquestra Sinfônica do Paraná.

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