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Para se perceber a dinâmica existente entre os ciclos económicos e os ciclos financeiros é preciso caraterizar ambos os ciclos e a sua rela‡Æo. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que, com o passar do tempo, os ciclos económicos se têm tornado cada vez mais curtos, com dura‡äes médias a tenderem para as dura‡äes médias dos ciclos financeiros (que sÆo tipicamente mais curtos). Em média, para ambas as séries, as fases de expansÆo sÆo mais longas do que as fases de contra‡Æo; mas a diferen‡a de dura‡Æo entre as diferentes fases reduziu-se significativamente nos anos 2000s. Até à crise financeira de 2007, a amplitude dos ciclos económicos era positiva, já os ciclos financeiros apresentam amplitudes negativas desde a crise da bolha tecnológica de 2000. Para ambas as séries, os custos das fases de contra‡Æo aumentaram até ao início dos anos 2000s e os ganhos das fases de expansÆo reduziram-se nos anos 2000s. Para além disso, há sinais de que as duas séries se co-movem. A análise do índice de concordância sugere que rela‡Æo entre as séries do PSI 20 e do PIB é sistemática, que o grau de sincronia dos ciclos se tem vindo a intensificar e que os ciclos financeiros sÆo pro-cíclicos.

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Pedro Ferreira é mestre em Economia Monetária, Bancária e Financeira pela Universidade do Minho e licenciado em Economia pela Universidade do Porto.É o vencedor do Euronext Lisbon Award 2015 na categoria de Best Scientific Research on Portuguese Capital Markets - Master´s Thesis.Atualmente desempenha fun‡äes como economista numa empresa.

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