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No processo de transi‡Æo para as rela‡äes capitalistas no Brasil houve a difusÆo de um ideário científico e modernizador, no qual a Medicina Sanitária, pautada nos modelos vigentes na Europa, foi parte significante ao propor uma drástica interven‡Æo no espa‡o público, a fim de promover tanto o fim das recorrentes epidemias quanto elevar à salubridade e à organiza‡Æo dos centros urbanos no país. Juiz de Fora constitui-se como uma amostragem deste empreendimento que vigorou nos grandes centros nos primeiros anos da República. Amparados no aparato legal criado as autoridades sanitárias fiscalizavam, intimavam e multavam intensamente aos citadinos. Estes, por sua vez, reagiram de forma predominantemente velada ao movimento sanitário, procurando esquivar-se das medidas profiláticas e das multas aplicadas que intervinham diretamente em seu modus vivendi. As práticas sanitárias ocorridas em Juiz de Fora revelam-se bastante similares àquelas desenvolvidas nas cidades do Rio de Janeiro e de SÆo Paulo, ainda que a primeira se localize no interior do Estado e nÆo tenha a mesma proeminência das capitais.

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Elaine Aparecida Laier Barroso é Historiadora, Graduada e Mestre em História pela UfJF. Professora de História e Humanidades da Faculdade Machado Sobrinho. Membro e Representante do GT de História, Cinema e Psicanálise da Sociedade de Estudos Psicanalíticos de Juiz de Fora, Institui‡Æo na qual faz forma‡Æo e especializa‡Æo em Psicanálise.

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