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Trata-se de uma abordagem do conceito de mal em Paul Ricoeur. Em um primeiro momento, evidencia-se a hermenêutica do "símbolo que dá que pensar", ponto em que se refuta toda espécie de conhecimento imediato e defende-se que o pensamento se funda na interpreta‡Æo dos símbolos. Em um segundo momento, analisa-se os diversos níveis de compreensÆo por que passou o conceito de mal na tradi‡Æo, principalmente em oposi‡Æo à teodicéia e à gnose. Em um terceiro momento, mostra-se a pretensÆo de fundamentar a compreensÆo do mal mediante os símbolos, os mitos e narrativas filosóficas, destacando-se as tradi‡äes cosmológicas e antropológicas, que embora opostas, se complementam na medida em que a inscri‡Æo simbólica do mal de origem aponta o homem como autor, receptor e instituidor do próprio mal. Por fim, sugere-se que as formula‡äes em torno do mal sÆo sempre insatisfatórias e, por isso, é preciso resgatar o fundamento do mal mediante uma ética que reflita a partir do instituído. Tal perspectiva transcende a própria ética na medida em que é preciso considerar que toda consciência desperta envolta numa economia do dom, sobre a qual o ser humano deveria fundamentar seu agir moral.

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O autor é mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM - RS, professor e Diretor de Gradua‡Æo da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc de Chapecó. Desenvolve estudos na área de Filosofia Contemporânea e GestÆo Empresarial.

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