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Vós diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que fa‡am na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrup‡Æo; mas quando a terra se vê tÆo corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm oficio de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrup‡Æo? Ou é porque o sal nÆo salga, ou porque a terra se nÆo deixa salgar. Ou é porque o sal nÆo salga, e os pregadores nÆo pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra nÆo se deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dÆo, a nÆo querem receber. Ou é porque o sal nÆo salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se nÆo deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal nÆo salga, e os pregadores se pregam a si e nÆo a Cristo; ou porque a terra se nÆo deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. NÆo é tudo isto verdade? Ainda mal! Suposto, pois, que ou o sal nÆo salgue, ou a terra se nÆo deixe salgar; que se há-de fazer a este sal e que se há-de fazer a esta terra?

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JoÆo Bartolomeu Rodrigues é professor na UTAD. foi membro do Conselho Pedagógico, da Assembleia, do Senado e do Conselho Científico desta Universidade. É investigador do CEL, na área científica da Educa‡Æo e da Cultura. Membro fundador da SOFELP e da Associa‡Æo Cívica e Cultural - Portas da Bila, revisor da revista ERAS. Autor de variada literatura

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