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Os estudos sobre evasÆo escolar permitem diversas abordagens e entrela‡am as mais variadas perspectivas para tratar de Educa‡Æo, as institui‡äes, governos, mercado e os indivíduos. Diante das múltiplas possibilidades de recorte, é importante discutirmos como esse tema está perpassado pelas maquinarias de produ‡Æo de verdades, pelos sujeitos, saberes e seus efeitos de poder. Ao mesmo tempo em que a evasÆo funciona como elemento mal visto e que deve ser banido dos sistemas de ensino, instigados pela perspectiva genealógica de Michel Foucault, problematizamos os discursos circulantes em dois cursos de Licenciatura em Matemática e de como, ao contrário do que geralmente é dito ou escrito, ela é vista como um benefício para o andamento institucional. Os discursos de evasÆo vêm produzindo formas específicas de organiza‡Æo de cursos, fazem priorizar certos modos de vida discente e ajudam a sustentar verdades que estabelecem hierarquiza‡äes de saberes. Eles permitem, ainda, estabelecer lugares aos sujeitos, subjetivá-los e, imersos nas técnicas de governamento biopolítico das popula‡äes, reafirmam rela‡äes específicas de saber e de poder.

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Geraldo Antônio é Docente do Programa de Pós-Gradua‡Æo em Educa‡Æo da UCS, mestre em Educa‡Æo e doutor em Teologia. Concluiu estágio pós-doutoral e pesquisa forma‡Æo de professores, educa‡Æo popular, messianismo e movimentos sociais. André Matias é servidor do IFRS, graduado em Filosofia e Mestre em Educa‡Æo. Pesquisa educa‡Æo e filosofia política.

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