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Nesta obra interpretamos a constitui‡Æo e o funcionamento de Eloísa Cartonera como um acontecimento que ressoa na dimensÆo da memória discursiva, desatando uma ampla rede de filia‡äes por identifica‡Æo. Nessa dire‡Æo, come‡amos por analisar nÆo só as condi‡äes de produ‡Æo da apari‡Æo de Eloísa, na Buenos Aires de 2003, mas também os modos pelos quais o trabalho do cartonero - um sujeito social que surge com for‡a nesse contexto histórico, equivalente ao nosso catador de papelÆo - se inscreve no centro de produ‡Æo desse coletivo, algo que ressoará posteriormente no funcionamento de outras cartoneras. Imediatamente, passamos a abordar aspectos do funcionamento de três cartoneras pioneiras - a própria Eloísa, Dulcineia Catadora em SÆo Paulo e Yerba Mala em Cochabamba - interpretando que o fazer da primeira teria significado uma desestrutura‡Æo-reestrutura‡Æo de certas redes e trajetos no que se refere a práticas de publica‡Æo editorial. Como uma das conclusäes, depreendemos que Eloísa retomaria a posi‡Æo simbólica do cartonero e a re-significaria, sendo que isto parece operar como uma regularidade no funcionamento dos coletivos que estudamos.

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A autora é professora de Língua Espanhola e trabalha com forma‡Æo de professores no curso de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Tangará da Serra, desde 2006, quando terminou a licenciatura em Letras pela USP. Em 2008 finalizou o mestrado em Estudos da Linguagem pela UFMT e em 2016 o doutorado em Letras pela USP.

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