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Adentrando as florestas sagradas... Num determinado dia de verÆo, eu olhava, ao longe, uma lagoa e percebi que os pássaro estavam agitados e, como nÆo era habitual, partiram imediatamente e em revoada desorganizada para todos os lados. Sem entender o motivo daquela falta de coreografia que caracterizava o voo crepuscular, continuei olhando e percebi uma quantidade pequena de pessoas aproximando-se da água. Este grupo era liderado por uma mulher negra anciÆ e, atrás dela, homens e mulheres entoavam um canto misterioso e ao mesmo tempo belo, numa língua que eu nÆo conhecia. Eles pararam ao lado da lagoa, fizeram uma respeitosa reverência à água, continuaram cantando, bateram palmas ritmadas e, em silêncio, foram embora, e nÆo me lembro de tê-los visto mais. Mistério, silêncio, canto e natureza ficaram como características daquele acontecimento. Foram dezenas de grupos trazidos para o território nacional na condi‡Æo de escravos, a cultura africana disseminou-se na forma‡Æo do novo país, e está impregnada na forma de ser e agir de nosso povo. Neste estudo, faremos um percurso de retorno à terra sagrada dos ancestrais de parte da popula‡Æo negra brasileira. Os iorubás.

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Mestre em Educa‡Æo - Universidade de SÆo Paulo - USP. Licenciado em Pedagogia - Universidade de SÆo Paulo - USP. Licenciatura em Filosofia da Educa‡Æo- FE - USP. Licenciatura em Sociologia da Educa‡Æo-FE - USP. Licenciado em História da Educa‡Æo - FE - USP.Pesquisador de arqueologia africana - MAE- USP.Professor Universitário.Autor

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