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Os estudos sobre a literatura de viagem desenvolveram-se a partir da década de 1980 paralelamente ao desenvolvimento dos estudos pós-coloniais. Antes desse período era vista como um subgênero ou um gênero menor relacionado com a autobiografia. Em parte, isso ocorreu pela dificuldade de se formular uma defini‡Æo que auxiliasse em sua classifica‡Æo dentro dos padräes tradicionais, mas também porque a literatura de viagem comporta textos de diversas formas (diários, relatórios, cartas,etc.) produzidos por viajantes de diferentes origens, homens e mulheres. No caso das mulheres, esses textos sÆo em número menor porque, devido a questäes históricas e culturais, a viagem feminina era mais difícil. Alguns teóricos apresentados nesta obra defendem a ideia de que muitos livros de viagem sÆo o resultado de um processo de sele‡Æo e de uma elabora‡Æo narrativa no qual o viajante cria sua própria versÆo da realidade ficando no limite entre a veracidade e a fic‡Æo. Baseando-nos nessa premissa,neste livro analisa como se dá esse processo na obra Nostra Signora del Mar Dolce (Missioni e Paesaggi di Amazzonia) da escritora e jornalista italiana Gemma Ferruggia (1867-1930), publicado em 1902.

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César Palma dos SantosDoutor pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Assis), em 2014. Atualmente em estágio de pós-doutorado na mesma institui‡Æo. Tem experiência na área de ensino de Língua Italiana. Pesquisador e estudioso da Literatura de Viagem, especialmente dos textos de viajantes italianos no Brasil.

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