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O uso frequente do corpo feminino, exaltando aspectos como o erotismo e a sensualidades, constitui-se um recurso de comunica‡Æo muito utilizado pela publicidade. Observa-se seu emprego no anúncio dos mais variados tipos de produtos, desde cosméticos, higiene e beleza à bens de consumo duráveis. Tal explora‡Æo da imagem da mulher causou um profundo incômodo na autora, que buscou desvendar os mecanismos ideológicos implícitos nessas pe‡as publicitárias. Ao decompor os elementos que as constituem, orientada por autores como Adorno e Horkheimer; Marx; Bourdieu; Foucault; e, Morin, percebeu-se que a ordem social androcêntrica nelas predomina. Tais pe‡as possuem, portanto, uma finalidade na manuten‡Æo hierarquia dos gêneros, ao legitimarem e reiterarem o papel e o lugar destinado às mulheres nas sociedades contemporâneas. A publicidade desdobra e ressignifica a ordem social hegemônica, na medida em que, ao veicular estereótipos femininos e masculinos cria modelos de proje‡Æo e identifica‡Æo, ou seja, padräes de comportamentos que serÆo, inconscientemente, internalizados pelo público alvo. Esse trabalho é destinado à todos aqueles que querem ver para além do simulacro.

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Débora é graduada em Ciências Sociais pela Faculdade de Ciências e Letras - UNESP - e mestre em Sociologia, pela Universidade Federal de SÆo Carlos - UFSCar. Atualmente é professora de Sociologia e de Filosofia na Escola SESI,e, mÆe da Rebeca e da Talita. Aborda temas como: publicidade; Indústria Cultural; Feminismo;e, Ideologia de Gênero.

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