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O presente estudo analisa a rela‡Æo entre as conquistas no campo das nanotecnologias e o processo de mercantiliza‡Æo da vida humana. Chamamos de "mercantiliza‡Æo da vida humana" a disponibiliza‡Æo comercial dos constituintes fundamentais do corpo humano, isto é, os genes, hormônios, órgÆos, tecidos e fluidos corporais. Esse processo está historicamente associado à implementa‡Æo de medidas eugênicas pelos Estados nacionais do fim do século XIX a meados do século XX e ao surgimento de uma eugenia de mercado, com a redu‡Æo do papel dos Estados nacionais nos processos decisórios macroeconômicos, na segunda metade do século XX. Apontado como irreversível por seus defensores, o processo de mercantiliza‡Æo das inova‡äes tecnocientíficas, do qual faz parte a mercantiliza‡Æo da vida humana, através da apropria‡Æo econômica de avan‡os nas nanotecnologias, é limitado tanto por regula‡äes estatais que respondem a demandas de setores da sociedade civil quanto pela rejei‡Æo dos consumidores, espontânea ou organizada, que pode tornar inviável a produ‡Æo e/ou distribui‡Æo da mercadoria desenvolvida a partir dessas inova‡äes tecnocientíficas.

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Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe. Escritor. Autor dos livros "A poesia agora é o que me resta" (Patuá, 2013) e "Nódoa" (7 Letras, 2015). Incluído em "Naquela língua" (Elsinore,2016) e "É agora como nunca" (Cia das Letras, 2017), duas antologias de poesia brasileira contemporânea. Tem livros de contos no prelo.

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