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Ter medo, sentir a emo‡Æo que se pode verbalizar e diferenciar como medo, terror, temor, assombro, entre outras, é algo que se expressa, na variedade, tipologia e valor das suas constru‡äes e interpreta‡äes, por características intrinsecamente humanas. Desde o início da história do Egipto unificado que as elites governantes procuraram explorar formas diversas de construir e cimentar uma ideologia em um território que, nÆo obstante a proximidade cultural e comunicacional, era constituído por diferentes regiäes com esferas de influência por vezes conflituosas. O faraó surge como figura central dessa ideologia, tal como a ideia de morte e passagem para o Além: ambos constituem os vectores mais importantes da cosmovisÆo dos Egípcios. A manuten‡Æo do equilíbrio dependia muito da vontade do monarca e a ela (ideologia) se deve a coesÆo e a durabilidade da civiliza‡Æo. Esta obra agrupa diferentes reflexos de manifesta‡äes de medo (da arte e da literatura), procurando desvelar códigos culturais da civiliza‡Æo faraónica e, dessa forma, contribuir para a compreensÆo da surpreendente civiliza‡Æo nilótica.

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JoÆo Camacho é licenciado em História, mestre em História Antiga (Egiptologia), e professor do 3.
Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. É investigador do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto PAEHI - Associa‡Æo Para Estudos Históricos Interdisciplinares (Instituto Prometheus).

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