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Na perspectiva do direito internacional, a Carta da ONU é interpretada como a Constitui‡Æo internacional dos Estados. Diversos argumentos jurídicos fundamentam essa tese. Além disso, os órgÆos principais da ONU acondicionam uma variedade de órgÆos subsidiários, agências especializadas, departamentos e comissäes regionais. Em conjunto, essas institui‡äes conformam o cerne da administra‡Æo pública internacional. Contudo, a ONU nÆo dispäe de uma suposta identifica‡Æo cosmopolita consolidada na mentalidade da popula‡Æo mundial (uma perspectiva de "cidadÆo do mundo"). O pós-nacionalismo de Jürgen Habermas busca preencher essa lacuna, de modo a legitimar, socialmente, o sistema de governan‡a pública global erigido em torno da ONU.

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