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Este trabalho pretendeu perceber os sentidos atribuídos ao fenómeno da exposi‡Æo a violência doméstica, a partir da voz de adolescentes em situa‡Æo de institucionaliza‡Æo e em família. Nomeadamente procuraram-se os significados que decorrem dessa vivência, em termos de conjugalidade, papéis de género, violência e amor, emergindo este último quase pelo mosaico constituído pelos anteriores. Exploraram-se questäes como: a carateriza‡Æo dos conflitos, as rea‡äes reais e desejadas, a preserva‡Æo da vivência direta dessas situa‡äes, a qualidade e quantidade dos cuidados parentais, a qualidade da rela‡Æo, a proje‡Æo enquanto progenitores e membros de um casal, etc. Entre muitas outras situa‡äes, percebemos que a vivência próxima das situa‡äes violentas parece obrigar os/as adolescentes a situá-las num plano do compreensível e do tolerável, normalizando as rela‡äes violentas. Se por um lado, o fenómeno de normalizar a violência no sentido de ordenar os ruídos da vivência violenta atual é consistente que ocorra em adolescentes a viver com as suas famílias, na situa‡Æo de institucionaliza‡Æo, por outro, percebeu-se uma tendência para proteger o contexto familiar de onde se foi retirado.

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Andreia de Castro Rodrigues é Portuguesa, licenciada, mestre e doutorada em Psicologia, tendo-se especializado na área do Comportamento Desviante e da Justi‡a, tanto em termos de prática de terreno, como de investiga‡Æo. Atualmente é bolseira de pós-doutoramento pela FCT no CIPsi - Universidade do Minho e é docente na Universidade Lusíada do Porto.

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