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Conta-se aqui a História da maior atrocidade cometida contra uma Na‡Æo: o massacre belga no Congo. Genocídio silenciado ou desmentido pela Sociedade Geográfica Real Belga e desconhecido por muitos até hoje. Durante o século XIX foram fundadas diversas Sociedades Geográficas pelo mundo, entre elas a Belga em 1876, período de institucionaliza‡Æo da ciência geográfica. Este livro destaca a importância da Sociedade Geográfica na explora‡Æo imperialista efetuada pela Bélgica na regiÆo do Congo entre 1885 e 1908. O Congo era uma colônia privada do rei da Bélgica, Leopoldo II. Entender a História Africana no final do século XIX como parte da expansÆo imperialista europeia, num viés cientificista produzido pelo saber Geográfico, que permitia a utiliza‡Æo dos estudos realizados sobre o espa‡o congolês, seja para delimitar o território a ser explorado, como para justificar a conquista. Dessa forma, a Sociedade Geográfica Belga foi construindo seu pensamento e sendo construída pela realidade empírica da expansÆo neocolonial. Um genocídio que obrigou o rei Leopoldo II a entregar sua colônia à Bélgica, terra da qual era o soberano. O Estado Livre do Congo agora transmutara-se em Congo Belga.

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Martinho Camargo Milani é escritor, poeta e historiador. Doutor em História Econômica pela USP tendo estudado as atrocidades cometidas no Congo pela Bélgica entre finais do séc. XIX e início do XX. Tem uma prosa fluida e uma ironia única nas análises profundas da História.

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