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A presente obra tem por escopo, em um primeiro momento desenvolver considera‡äes em torno da premissa de que a economia desde suas origens mais remotas, sempre foi entendida como um desdobramento da ética, estando ambas as esferas (ética e economia) inter-relacionadas; e de que esse suposto "divórcio" tem origens na modernidade, onde se seguiram duas linhas economicistas: a linha que Sen denomina de "ética" e a de "engenho", com a notável dominância ulterior da última. Nessa via, com base nos escritos de Sen, assim também como na teoria epistemológica de Hilary Putnam, procurarei investigar o porquê dessa cisÆo, seus problemas e implica‡äes concernentes tanto no âmbito ético quanto econômico. Assim, pretende-se levar ao limite a tese de uma suposta isen‡Æo valorativa presente nas teorias econômicas dominantes (minimalistas/de engenho), expondo suas fragilidades e possíveis contradi‡äes encontradas em seu estofo teórico, objetivando com isso, demonstrar que essas teses economicistas investigadas, nÆo só nÆo sÆo neutras, mas pressupäem valores normativos em seu interior, isto é: sÆo outras doutrinas valorativas, só que veladas pelo cobi‡ado status privilegiado das ciências formais.

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Britto Moraes, Vinicius
Bacharel em Filosofia e Mestrando em Ética e Economia pela Universidade Federal de Pelotas. Realiza também pesquisas sobre Filosofia, cultura e ontologia Africana, e na área da bioética e Filosofia da Técnica. É um dos organizadores do GEPE (Grupo de estudos de Política e economia), além de ativista social e produtor cultural na cidade de Pelotas.

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