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Neste artigo apresento minhas reflexäes sobre o "dom" de contar e ouvir histórias, entendendo por "dom", o presente, a dádiva em compartilhar com o outro o que se tem a oferecer, no caso, as histórias. Aqui, nÆo utilizo o sentido de "dom" como aptidÆo ou poder nato (nascido, inerente, pronto), como diria Cortella (2009): nÆo nascemos prontos e acabados, é fundamental nÆo nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo nÆo terá novidades, só reitera‡äes, estamos em constante constru‡Æo. Assim, me utilizo do termo dom como o condÆo, aquele que conduz à doa‡Æo, à partilha, à entrega, e dessa forma podendo ser comum a todos, potencializando de afetos positivos tanto o narrador, enquanto conta histórias, quanto aos ouvintes em estado de sofrência, pois esta experiência está localizada na rela‡Æo contador de histórias e ouvintes em hospitais. Ainda pensaremos de que maneira a escolha das narrativas, as diversas ênfases e a rela‡Æo da escuta, pode empoderar a ambos (narrador e ouvintes). Entendendo que o que eu falo, nÆo é necessariamente o que o outro escuta.

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Nunes Lima, Adriana de Fátima
Comunicóloga, contadora de histórias, atriz e mediadora de leitura, co-fundadora da Cia. Hespérides de Narra‡Æo de Histórias, atua em hospitais, presídios, casas de cultura, escolas, bibliotecas, centros culturais, pra‡as, parques e onde mais couber livros e histórias.

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